sexta-feira, 27 de março de 2009

O teu amor, quando palpita, verdade seja dita, põe rastilho no meu peito

Confesso... estou apaixonada. Certos sons conseguem vibrar dentro de mim e ecoar um fantástico êxtase. Ouvi pela primeira vez este som particular numa viagem e fiquei desperta.
Como sou primitiva em relação às novas tecnologias não consigo colocar aqui o vídeo de modo a que possam ouvir. Fica a letra, mas ouçam. Faz bem à alma! Muito bem!

Bomba Relógio

O teu amor, quando palpita
verdade seja dita
põe rastilho no meu peito
Trinta batidas num só beijo sem defeito


Feito taque o tique
o teu amor rebenta o dique
feito tique o taque
o teu amor passa ao ataque



Feito taque o tique
o teu amor rebenta o dique
feito tique o taque
eu à defesa, ela ao ataque


E toca e foge e toca e foge
é uma bomba-relógio


O teu amor quando palpita
verdade seja dita
faz-me atrasar os ponteiros
como a ostra esconde a pérola aos viveiros


Feito taque o tique
a pérola solta-se a pique
feito tique o taque
faz no coração um baque


Feito taque o tique
a pérola solta-se a pique

feito tique o taque
faz no corpo todo um baque


E toca e foge e toca e foge
é uma bomba-relógio



Nota: Quem canta é Cristina Branco, mas a música - Bomba Relógio - é ao primeiro ouvido familiar... a autoria é de Sérgio Godinho.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Entre 'a noite' [intervalo]

1. Dou de caras com a miúda, no meio da sala, munida de uma caneta de feltro a tentar 'escrever' numa revista comprada recentemente. Aproximo-me. Reparo que o bico da caneta atinge freneticamente uma imagem, num constante vai-e-vem cronometrado. É a foto da Elsa Raposo. Penso: «Bia, já paravas de brincar à cabra cega, não?».

2. Andou meio mundo chateado por causa das declarações inflamáveis do Papa, proferidas em Angola, sobre o uso do preservativo. A questão essencial, que há muito já deveria estar a ser discutida, é esta: quem ficou com o cartão de João Paulo II, com as milhas acumuladas?...

3. ...e, já agora, uma pequena dúvida: juntar «Irmã Lúcia» e «pinguim», na mesma frase, soará muito a redundância?

4. Aviso à navegação (quarentonas incluídas): no meu aniversário, agradeço que me ofereçam uma bombista suicida, por favor. Adoro puzzles.

5. Uma última divagação, em forma de pergunta, a fechar: a Ana Malhoa terá mesmo a noção de que, se vivesse na Índia, seria sagrada?

segunda-feira, 23 de março de 2009

A noite (2 de 3)

- Deixo a janela aberta? Disse ele enquanto inspirava uma valente lufada de ar.
- Cheira bem.
- Sim, sim. Fiz eu. Acho que ele não percebeu o cheirete que ficou no quarto quando se descalçou. Já estava agoniada. Meu Deus, ai pró que a filha da Dona Guilhermina estava guardada... Também ninguém me manda aceitar a proposta daqueles malucos lá no bar onde eu trabalho. Mas 100 Euricos são 100 Euricos. Ainda me fiz cara e disse que não vou com qualquer um. E faz assim um:
- Cento e vinte! E riram-se todos ao mesmo tempo e fizeram brindes e abraçaram-se muito contentes. No fim, depois de ter dito ao Senhor Zé, o meu Boss, que tava mal disposta e que tinha que sair mais cedo, eles deram-me as notas dobradas e nem desconfiei. Quer dizer, aqui a filha da minha mãe, que teve muita educação, ao contrário de uns e de outros, até achei que ia ser enganada mas como sou educada nem desembrulhei as notas. Afinal só pagaram 100 Euros e ainda houve um, a rir:
- Ele ainda é virgem e tem trinta e tal anos.
Faz-me falta o dinheiro por isso aceitei. Até o achei simpático. Era gordito e parecia limpinho e agora isto, um fedor que não se pode, valham-me os santos.
Volta-se pra mim começa-me aos beijos muito lambuzados e vira-se:
- Tens preservativos?
Deves pensar que sou uma galdéria, não? Tenho lá essa porcaria! Arranja-os tu se quiseres que eu passo bem sem eles, fiz eu aos gritos. Por acaso até tinha dois porque o meu João, o bófia nortenho com quem eu ando, que vai lá dormir, ás vezes, manda-me os ter porque ás vezes ele esquece-se de os comprar e por isso tenho dois na mala. Aquela porcaria ainda é cara. E estraga-se muito. Também, o meu João, é muito bruto. Mas nem sempre. Ai, acho-lhe tanta piada, quando me entra pelo quarto, a segurar a pila e a sacudi-la para cima e para baixo:
- Bou dar-te cu cáchetéte. Faz ele com aquele ar de malandreco e aquele bigode raquítico assim levantado no canto. Nem sei como é que ele faz aquilo. Mas é bom e o João é muito educado, deixa sempre uma notita na mesa de cabeceira. Ele sabe que a vida tá dificil e faz questão de ajudar como pode. Não é como este gordo pessonhento. Fiquei cheia de cuspo, que nojo. Pôs-se em mim, resfolgou um bocado e assim como veio assim se foi. Nunca vi coisa tão rápida. Nem senti nada valha-me Deus, não sei que coisa era a dele mas grande não era de certeza e no fim, todo transpirado:
- Foi espectacular não foi?
Vamos mas é dormir, que amanhã é dia de verga-a-mola, fiz eu muito depressa, mas de boa me valeu, a filha da Ti Guilhermina não pregou olho a noite inteira com ele a roncar que nem um porco, chiça, triste ideia a minha. A verdade é que o coitado não tem culpas no cartório. Não escolheu ser assim tão feinho e pequenito. Quando acordou olhou-me prós bicos, ainda doiam e estavam tesos do cabrão tanto mos chupar, olhou pra mim e dei-lhe um sorrisinho só para ele não pensar que sou antipática e dei comigo a pensar:
- E eu aqui, armada em puta e ainda com pena do homem. Ora esta!

sábado, 21 de março de 2009

A manhã (1 de 3)

A luz forte acorda-me, invasora. Cego momentaneamente. A cortina de cor clara, dança sensual nos braços da brisa que entra, janela adentro.
Aprumo o olhar sobre o corpo inerte a meu lado que, em surdina, respira pé-ante-pé. A sua pele jovem, feita de texturas complicadas esconde-se, em parte, no branco alvo da cama aveludada. Duas covinhas paralelas, simétricas, olham-me fixamente do alto dos seus rins desnudos. Está de costas para mim, deitada de lado, com as mãos em oração, juntas, entre a face sardenta e a almofada enrodilhada. Tapo-lhe as costas com o lençol macio .
Afago o ombro exposto, ossudo, bronzeado, delicado. Beijo ao de leve quase sem tocar o pescoço perfumado, onde, em desordem, desalinhados, semi-organizados, repousam vadios os seus cabelos claros. Fecho os olhos encandeado pela beleza... Embriagado, o meu nariz deleita-se com a tua fragrância de mulher exposta, vapores voláteis, taninos de pecado, lembranças de ontem ou anteontem, nem sei. Talvez fosse a aragem que entra, que te fez frio. Aconchego-te contra mim, suspiras e vejo-te feliz e lentamente, devagar, com mão leve, tiras o cabelo da face e eu, estático, petrificado de espanto testemunho aqui, no meu leito, tamanha perfeição.
Viras-te por entre gemidos gentis. Procuras na minha mão os nossos dedos entrelaçados e ficas segura. Com o movimento, deixas a descoberto um peito rosa pálido, bicudo e imperturbavelmente calmo. Parecia desperto e alerta, desenvolto. O frio crispou-lhe o mamilo, deu-lhe mais vida.
Eis-me aqui a vêr-te, serena, abraçada a mim, respirando em compasso.
Acordas estremunhada, com os olhos pequeninos e olhas-me fundo, sorrindo ao de leve.
E eu aqui, grotesco, acho-me indigno de ti.

quarta-feira, 18 de março de 2009

«Payapa»


Não tenho palavras bonitas nem enfeitadas,
nem mil maravilhas para te oferecer.
Mas sei que, sem ti, não sei o que fazer.
Pura poesia
É o que tens dentro de ti
No manto dos teus olhos,
foi onde me perdi

Contigo, subo até aos céus
Eu espero-te aqui na Terra.
Porque és a dor de todo o dia,
A chama e o clamor.
Tens o encanto do luar no olhar
A vontade que tenho de te chamar.
O teu sorriso com sabor a vida,
junto com o teu suspirar, que maravilha.

quinta-feira, 12 de março de 2009

[suspiro]

Tenho saudades de sermos o que nunca fomos. A nostalgia pelo que nunca aconteceu percorre-me as veias. Sinto-me cansado de esperar por ti. Será por saber que nunca virás? Ironia das ironias, estamos em extremos opostos (no verdadeiro sentido do termo). Percorremos a mesma estrada, mas em sentido inverso. Revolta-me saber que a tua geografia é diferente da minha e que te leva a um destino contrário do meu. Lanço quilómetros de suspiros por não saber aquilo que verdadeiramente pensas de mim.

Gostava de conseguir pronunciar as palavras certas; de expressar o sentimento que me abafa a voz e me cala a razão. O mundo fez o favor de nos separar antes de nos juntarmos. Quis Deus que as nossas vidas fossem guiadas por diferentes coordenadas. Antes de ser, nunca foi.

Não há um antídoto para neutralizar o efeito perverso desta ilusão que me alimenta a alma e que me corrói por dentro. O meu coração está em pedaços. Talvez por não saberes verdadeiramente aquilo que penso de ti...

quarta-feira, 11 de março de 2009

Notas de prazer

Parecia um som estranho e distante, mas à medida que a sua intensidade aumentava, mais próximo ele se sentia. Os pensamentos, a respiração, o bater do coração e o suor que se formava nas mãos pareciam concertados de maneira a formar um conjunto harmonioso de reacções ritmadas com aquele estranho som exterior.
Sentia-se invadido e ao mesmo tempo um arrepio de prazer percorria-o. Tinha medo. Queria virar costas, mas era incapaz de largar aquela sensação que o embriagava e apoderava de qualquer controlo mental ou físico sobre si.
Tinha sido avisado. Podia acontecer. Mas não, achava ele. Não permitiria que nada interferisse e no entanto... no entanto, bastaram umas breves notas musicais. Ouviu-as e estavam longe. Sabia que nessa altura ainda poderia escapar, mas a curiosidade de ter mais perto o que tinham descrito e a certeza de que sairia vencedor foram argumentos interiores mais fortes.
Os ritmos prendiam-no e possuíam o seu corpo sem qualquer piedade. As suas formas reagiam à intensidade e desenhavam uma dança.
Procurava alcançar a sua consciência, mas resistir era cada vez mais difícil e estava prestes a render-se...

A alguém

Há palavras que, ditas em 5 segundos, ferem mais do que as agruras de uma vida inteira. Cada letra é como que uma lâmina afiada, capaz de nos suster a respiração e parar o coração. É impossível ficar insensível, pois a palavra é metade de quem a pronuncia e metade de quem a ouve. Os vocábulos, mais do que meros sinais gráficos, carregam em si suor, lágrimas e sangue.
Há silêncios que valem bem mais do que mil palavras. E, por vezes, uma só palavra consegue dizer muito mais do que mil. Até a matemática precisa de letras. Sem elas, os números não se entendem entre si.

Há coisas que, quando ditas, são como as cebolas: despem-nos camada a camada e, às vezes, até nos fazem chorar. Há outras que, para serem entendidas, requerem maturidade; só os anos podem ensinar aquilo que os dias desconhecem. Sei que não sou perfeito. Mas, de resto, ninguém o é. Todos precisamos de ser constantemente retocados. Um homem faz-se em 60 ou 70 anos - e não em 9 meses.

Não quero lamentar-me cada vez que olhar para o passado. Isso é ser estéril. A fertilidade está em saber aprender com os erros; a fazer da experiência fracassada um degrau que se sobe na escada da vida. Foste tu que me ensinaste. Isso e outras verdades - como a de não confiar apenas na pata do coelho (pois ela não deu sorte nem sequer ao próprio coelho). Fizeste-me parar e acreditar que não há razão para ter medo das sombras: elas apenas indicam que, num lugar muito próximo, há uma luz a brilhar...

domingo, 8 de março de 2009

Pinturas da mente que se tornam reais

Por vezes vivo experiências que se traduzem por visualizar/ver na minha mente algo que depois, passado uns bons tempos, se materializam. Acontece com factos muito importantes na minha vida e com coisas tão ridículas como a mobília da minha casa.

Antes de comprar, ou melhor, antes de ver e encontrar a mobília na loja eu já sabia como ela era. Uma coisa é dizer que gostávamos assim e assado e depois encontrar o género. Outra coisa é saber exactamente como ela seria. Quando encontrei a minha casa, vi-me nela e vi a mobília na disposição que hoje tem e... mais tarde encontrei essa mobília.

Tive recentemente uma destas experiências mas a título pessoal. Um pequeno pormenor, uma pequena situação real que me levou para uma "pintura" que a minha mente me havia mostrado muito antes do agora ter acontecido. Se antes era uma projecção e depois se tornou real, agora é uma recordação, ou melhor, uma imagem real gravada na minha mente.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Sobre o amor

O significado da palavra amor não vem no dicionário; é um instrumento demasiado redutor para o explicar. O amor é uma espécie de equação, onde prevalece essencialmente a multiplicação do perdão. O amor é como a tosse: é impossível ocultá-la; é cego e com asas (cego porque não vê osbtáculos e com asas para os transpor). O amor é como um fio de alta tensão na estrada, onde vêm pousar as andorinhas: há sempre uma que fica e que canta mais alto; o amor também tem a capacidade de fazer mudar as andorinhas.

A religião apoderou-se do amor, transformando-o num pecado. O amor é uma infinidade de ilusões que funcionam como analgésico para a alma; o amor anda sempre acompanhado da razão e nunca ficam albergados no mesmo sítio: quando um chega, o outro parte. Se tivermos de optar entre o mundo e o amor, que se escolha o amor: ao escolhermos o mundo, ficaremos sem o amor e só com o amor conquistaremos o mundo.

As palavras mais bonitas de amor são ditas no silêncio de um olhar. O amor nasce não sei onde, vem não sei como e dói não sei porquê. O amor, mesmo que não correspondido, é impedioso: é como chutar uma bola para o céu e ela, desafiando as leis da gravidade, desaparece; mas é impossível não ficar à espera que ela volte...

O amor é matemático e consiste na soma das incompreensões. O seu valor mede-se pela soma de sacrifícios que estamos dispostos a fazer por ele. O amor é como o vento: não se vê, mas sente-se. Pode, até, magoar mais do que uma queda de um edifício de 10 andares; é a única loucura de um sábio e a única sabedoria de um tolo. O amor tem razões próprias que jamais a lógica compreende.

terça-feira, 3 de março de 2009

Elas e eles

O problema delas é quererem hoje o amarelo e, amanhã, já querem o verde. Agora dizem sim e, depois, dizem não. Pensam no 3 e desejam o 5. Afirmam que vão para a esquerda, mas seguem pela direita. Opinam sobre o que acham sem verdadeiramente dizerem aquilo que julgam.
É, de resto, esta constante divergência que nos aniquila. Porque nós, homens, somos fracos e não resistimos a embarcar na loucura de as conhecer. No fundo, não gostamos de facilitismos. O nosso maior pecado está em minarmos o nosso próprio género com este dom de ir em busca do que nos está distante; fora de mão; longe do alcance. Quanto mais temos, mais queremos. Elas optam pela contradição e nós adoramos a soma de valores.
O problema delas é saberem que nós achamos que, elas, têm o problema. Na verdade, nós, homens, somos os vencidos. Ambos pensamos em guerra, mas só elas conquistam a paz. Porque têm uma arma chamada sexto sentido. Para o mal e para o bem. Utilizam-no à mercê dos seus intentos. É como a história da carroça movida por um burro que persegue a cenoura pendurada por uma corda. A vida é isto: elas seguram a cenoura. E nós corremos atrás dela, na esperança de a apanhar...

Abraço ou a pseudocópula dos anuros

Recentemente, um amigo que muito estimo despediu-se de mim exclamando: - Um amplexo!
Pensei: Ele quer dizer, um abraço!


Trata-se penso eu, de uma atitude reveladora de grande carácter, esta de eu assumir perante a vasta comunidade de leitores deste blog que não fazia, até há pouco, a mínima ideia do significado da palavra : Amplexo.

Como é lógico, tal termo tinha já aflorado por diversas vezes, a macia pele dos meus lindos pavilhões auriculares. Haveria muito a dizer sobre estes mas, espante-se senhor leitor, sobre o tal do amplexo fui vêr e dizia assim: “Amplexo é uma forma de pseudocópula no qual um anuro macho se coloca no dorso de uma fêmea, agarrando-a com as suas patas, enquanto esta faz a postura dos ovos.” (wikipedia, dixit). E continua: “Em algumas espécies ocorre amplexo cefálico, onde a cabeça da fêmea é agarrada.” Parece-me assustador! Se por um lado, aparentemente, o amigo que tanto estimo resolveu pôr fim á sua opção hetero, enveredando por outros caminhos, quiçá ambivalentes ou até antrivalentes ou mais, por outro, sentir-me-ei ignóbil só pelo facto de ter posto em dúvida a sua escolha sexual. Por via das dúvidas, agradeço mas não estou interessado! Não por ele, mas por mim. Não é ele que não agrada, sou eu é que não gosto. De qualquer forma, sinto-me agradecido, embora de uma forma estranha. Ficará sem saber, caro leitor, qual dos dois faria a “postura dos ovos” que, até ver, é pratica comum neste tipo de gente.

Continuei a ler a explicação da amiga wikipédia, a qual, por diversas vezes se referiu aos anuros. – Espécie de ser humano do sexo masculino com tendência para a cópula com outros do mesmo sexo, pensei eu. Fui ver e... não era nada disto. Trata-se de um animal anfíbio que, por sinal, tem as suas opções sexuais perfeitamente definidas e que vem deitar por terra todo um conjunto de conjecturas estranhas que têm vindo a deambular na massa cinza-pálido a que chamo cérebro. É uma espécie de rã ou sapo. É viscoso. É um anfíbio, portanto.

Assim sendo voltei a procurar no Google a mesma palavra . Desta vez, foi um tal de Wikcionário que me disse que: “am.ple.xo masculino (plural: am.ple.xos)- abraço; acção de abraçar algo ou alguém; dar um abraço”. Fiquei descansado. Queria mesmo dizer abraço. Não devia ter duvidado. Claro, abraço. Como tinha previsto, era abraço. Xicoração, ou coisa parecida. A-BRA-ÇO! Pois! Abraço. Era isso. De futuro, não voltarei a duvidar das escolhas sexuais dos que conheço. Mesmo que estes insistam no contrário.