segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Radiografia à alma

É aquela vontade súbita de agarrar em meia dúzia de peças de roupa, mais uns quantos acessórios de primeira necessidade e fazer-me à estrada. Acompanho cada palavra de quem partiu por longos dias, por paragens longínquas, e sou capaz se sentir os cheiros, os sabores, os aromas. Compreendo mesmo os que se encheram de coragem e partiram na companhia de si próprios. Não é egoísmo nem tão-pouco fugir do que quer que seja. É, antes, uma descoberta interior por via do contacto com outros mundos e outras gentes. E que falta isso me faz.
Por mim, seria agora mesmo. Desprender-me do conforto e viver cada dia no arame; sentir a fragilidade para conseguir ser mais seguro; andar na corda bamba para encontrar o equilíbrio; chorar para rir. A vida está a tranformar-se numa autoestrada que vamos percorrendo em modo piloto-automático. Qualquer dia, os acasos farão com que pisemos um atalho qualquer, de terra batida, e não sabemos sequer onde colocar os pés. Estamos cada vez mais amestrados. E isso não soa nada bem.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

É o nosso amor.

É o amor preto de tão queimado que está pelo fogo que arde.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

hoje vou fazer um post assim bem ao estilo do acatar, que é uma coisa que depois descrevo mais abaixo e o camandro

foda-se, não passa de hoje que eu vou fazer um post estilo acatar, que basicamente consiste em um gajo escrever, escrever, escrever e escrever, assim, sem pontos finais, e iniciar logo a prosa com letra minúscula que é só para chatear os puritanos e os broches que defendem mais a língua portuguesa do que as mãezinhas deles. e mesmo que eu faça pontos finais isso não interessa nada, pois os pontos não são nada a mais do que as minúsculas, e eis a razão porque também comecei esta frase com uma minúscula imediatamente a seguir ao pontozinho, está mesmo bem observado, não está?,

só que para isto ser perfeito eu tinha de colocar aqui uns impropérios do caralho, que é para o post ficar mesmo, mesmo, mesmo, mesmo parecido com o acatar, que é um blog feito por um tanso que, quando convida amigos para jantar em casa, não tem sequer cerveja em doses minimamente aceitáveis. se querem mesmo que vos diga, esse jantar pôs-me fodido da vida, até porque tinha sérias esperanças em ficar pelo menos com metade do recheio da casa, que é como quem diz 30 livros, nos quais se incluem o tal livro de âmbito comercial de 1909 ou lá o que era aquela merda. acho que já me estou mas é a alongar demais ou o caralho e é melhor pôr um ponto final nisto.

mas não sem antes dizer que o estilo acatar é-me familiar, juro que andei meses e meses a pensar nesta merda, e só cheguei a uma conclusão após ter passado por aqui, que é o blog do irmão lúcia. já sei que me vão dizer que o estilo não tem nada a ver e o caralho, mas a mim o panasca plagiador do acatar não me engana e a prova disso mesmo é o post que escolhi do irmão lúcia para dar consistência à minha tese.