quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

tinto

Ficando eu encarregue de comprar o vinho para amanhã, vou agora ao supermercado e tiro três garrafas, mesmo das mais baratinhas, a um euro e tal, que eu não sustento bêbados. E fico a pensar: 'Foda-se, será que três garrafas chegam? E se aqueles filhos-da-puta se metem a beber e depois acaba o vinho?'

E então volto para trás (repito: volto para trás) e vou comprar mais uma garrafa. Isto é ou não é simpático da minha parte, assim preocupado com o bem-estar dos que me rodeiam?

Chego a casa, pouso os sacos e o que é que acontece? Parto uma das garrafas no chão.

É sempre isto. É a história da minha vida, meus caros. Sempre que decido ser simpático, fodo-me sempre. Sempre. Não escapa uma. Mas se vou pela antipatia, fodo-me também. De modo que não sei bem para onde me virar.

Está tudo bem.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Natal invertido





A corrida às compras, os enfeites e a própria comida (doçaria) típica não alimenta em mim o Natal. Nada disto me faz sentir que estamos no Natal. Aliás, tudo isto me stressa de uma maneira cansativa e que só me apetece deitar para trás das costas e esquecer ou dar um salto em frente para passar rapidamente este frenesim que em nada cheira a Natal.
Já aqui falei do meu Natal de adultos e que continua a ser a sua essência na noite de 24 para 25. E dessa essência fazem parte as prendas, a toalha alusiva e a comida/doçaria típica. E isso sim alimenta em mim o Natal.
Isso sim me faz sentir que é Natal porque tudo está contextualizado em 14/15 corações e 14/15 olhares , num misto de êxtase por estarmos juntos, de dor pelo que cada um passou e que todos passámos e de melancolia porque a alegria é, no coração e olhar de cada, invertida por uma profunda tristeza que se procura controlar a todo o custo.
Somos felizes, mas também sentimos dentro de cada aquelas dores que abalam a felicidade do espírito... somos alegres invertidos ou tristes invertidos...
Também somos personagens invertidas e os mais velhos abrem as prendas que um Pai Natal pequenino nos deu... Julgo que precisamos da inversão para nos lermos tão bem uns aos outros e partilharmos as prendas, os enfeites e os doces que trazemos para o nosso Natal invertido...

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

O jogo alimenta a esperança

Uma amiga que muito prezo raspou duas coisas destas (valor do investimento: 3 euros cada). E, numa delas, foi presenteada com 5 euros. Mas, durante o processo de «raspagem», surgiu a dúvida: «não percebo porque tenho um Pai Natal e um "B" ao lado». Depois, anunciou, eufórica: «mais 5 euros!». Pensei: «foda-se, está com sorte! Queres ver que é hoje que me convence a passarmos a noite bem juntinhos?!». Falso alarme: «por um símbolo, não me sairam 50 euros», confessou ela. Pena. É que dormia mesmo comigo (por muito que me custasse). E ainda me pagava um jantar à luz de velas.

Desmontando mais mitos

É irónico que Pinto da Costa (72 anos) tenha assumido o "namoro" com a brasileira Fernanda Miranda (23 anos) quando assistiram à peça teatral «Mendes.Come».

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Imaginário




Há elementos (para não dizer pessoas, coisas, lugares e afins) tão próximos do nosso imaginário que se fossem mais próximos estragavam-nos o imaginário. Com o "próximos" quero dizer com uma correspondência quase precisa à que se encontra no interior do nosso imaginário e não tanto perto deste (até porque é difícil definir proximidade física do nosso imaginário - gosto de acreditar que ele está em toda a parte e não limitado a uma proximidade de alguém/algo e afins).
O imaginário revela em muito a riqueza de cada um e o desafio está no encontro, ou direi melhor, reencontro do que está no imaginário e do que está na realidade física. E quando esse reencontro acontece dá-se uma sensação de exaltação, quase a rasgar o histerismo porque o que fazia parte do nosso imaginário afinal existe! É que existe mesmo!!
Mas é aqui que se perde um pouco a inocência de cada um... se existe - e vimos com estes olhinhos que a terra há-de comer que existe - então já não faz parte do nosso imaginário; se não faz, perdeu todo o encantamento próprio de um conto em estava inserido no nosso imaginário e passou a pertencer a um contexto aquando elemento real, afastado da fantasia que o envolvia e, muitas vezes, absolutamente descontextualizado, na realidade, do que era no imaginário... e com isso, da exaltação, fica um sorriso que rapidamente passa a um rasgar forçado dos lábios e, depois, a uma tristeza, desilusão e vazio - não era como imaginávamos e o que fazia parte do nosso imaginário morreu poque passou a existir no real e longe, muito longe do que imaginávamos...
Talvez seja, então, esta a razão pela qual as crianças acham os adultos seres grandes e cinzentões, sem contos para os alimentar e com um imaginário cada vez mais velhinho, que morre a cada dia que passa.
E talvez seja, também, esta a razão que, quando um adulto encontra um elemento real próximo do seu imaginário, julga que é impossível estar a acontecer e... na negação da sua existência real - fora do imaginário - prefere voltar costas e seguir em frente, escudando-se em desculpas que não entram nos contos do imaginário, a correr o risco de se poder desiludir e, depois, de se apaixonar mais ainda do que pelo imaginário.

Crítica literária

Há uns dias, de passagem por uma superfície comercial apinhada de gente, dei de caras com uma montra de uma livraria (onde se vendiam livros e tudo, vê tu bem!). Num olhar de soslaio, lá estavam as grandes obras contemporâneas: «Portugal revisitado» (pelo chef Chakall), «Bimby: receitas com história», «A minha casa é o teu coração» (Margarida Rebelo Pinto), «Era uma vez... Os contos favoritos de Fernando Mendes», «Organiza festas com a Estefânia» (essa mesma, a da Lazy Town, de quem todos os miúdos gostam e invejam a falsa cabeleira rosa choque)...
Mas, no meio de tanta proposta literária, houve uma obra que reteu a minha atenção (e que estava bem lá no topo, entalada entre «Liderança: as lições de Mourinho» e «Aprender a jogar futebol: um caminho para o sucesso»). A coisa em causa assume a designação de «As manobras de Pinto da Costa», cujo autoria, dizem-me, pertence a um jornalista chamado Marco Alves. Disclaimer: sou bem capaz de conhecer o autor em questão - mas não é por isso que deixarei de exercer o direito à opinião livre ou de me escudar a dar o meu parecer insento sobre os conteúdos tratados neste manual.
E do que trata, em concreto, «As manobras de Pinto da Costa»? Pelo que li - e não foi pouco! - estamos perante uma obra com um objectivo nobre: «desmontar um mito». São, parece-me, «35 anos de guerras, contradições, jogos de bastidores e estratégias sinistras». Primeira observação: fala-se pouco de «fruta» e «café com leite». Não gostei dessa ausência descarada (e propositada?) de pormenores sórdidos. Entre engatar a Carolina Salgado ou comprar o livro, esta última hipótese seria certamente a que me daria menos trabalho (e a que seria menos dispendiosa). Teria gostado de saber, por exemplo, a que horas se deitava Pinto da Costa; que ração dava ao cão; se gostava de meias de leite mornas ou a escaldar...
Segundo ponto: as tabelas que servem de enquadramento aos textos não ajudam à leitura. Faltam-lhes cor (ou as cores escolhidas não são as melhores). Neste aspecto, o livro peca por não ter recorrido a um decorador de interiores. É pena.
Terceiro ponto: ao ler o livro, fico com a ligeira sensação de que há uma parte a.c/d.c. (antes do cafézinho/depois do cafézinho). Não sei porquê, mas, lá mais para as páginas finais, soa a falta de cafeína. Não só pela forma de escrita, mas também porque há menos citações do Record.
Quarto ponto: porque é que Pinto da Costa não foi confrontado com os «mitos desmontados»? O autor tentou, ao menos, marcar um encontro com a Carolina? Saberá Marco Alves, porventura, o nome de um dos cães de Pinto da Costa? (por outra: será que o jornalista está a par de que Pinto da Costa dispõe de animais domésticos?).
Quinto ponto: em suma - e apesar de ainda não ter concluído a leitura de «As manobras de Pinto da Costa» (e não obstante as considerações feitas nas alíneas anteriores) -, creio que este manual se assume como uma mais-valia, na medida em que reúne alguns dos principais artigos do Record, A Bola, O Jogo e afins (confesso que me faltavam alguns exemplares na colecção de edições desportivas).
Avaliação final: 8,5 (numa escala de 0 a 10). Justificação: porque sou sensível, também tenho o meu lado Cláudio Ramos e alimento a esperança de engatar o autor (isso seria, seria montar um verdadeiro mito).

domingo, 19 de dezembro de 2010

A varanda de Romeu e Julieta



Podia ser, não podia? A varanda de Romeu e Julieta! Não importa que não seja; importa que é uma varanda e que, como tal, será sempre capaz de retirar de dentro de nós um suspiro.
Tenho genes do Norte. E do Norte, o que me mais me lembro, são as varandas. São aqueles Verões quentes, demasiado abafados, que só a sombra de uma varanda nos salvava ou as escadas que a ela davam acesso e que ocupávamos, ao fim do dia, para comer um gelado.
É uma outra perspectiva romântica de "varanda", não é? Quem nunca foi feliz numa varanda?

sábado, 18 de dezembro de 2010

Anjos (meus)



Anjos...
Gosto da sua simplicidade e imponência.
Gosto de acreditar neles, quando já acredito em quase nada.
Gosto da capacidade de despertarem em mim histórias que ouvia quando era criança... e por momentos esqueço a vida de adulta e sinto um colo de conforto.

(Foto by Zhu Di, Photoshop by Makira)

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Manobras


Pinto da Costa encaixa no perfil dos 'manobradores'. A categorização não é de agora e fica a dever-se essencialmente à forma como tem gerido o FC Porto. Uma pesquisa no Google, por «manobras Pinto da Costa», surte 21.800 resultados; e outra pesquisa por «manobras gruas» apresenta apenas 3920 resultados. É esta a diferença que separa um mundo e outro. Como se vê, até nisto a honestidade fica a perder. Mas nem tudo é mau. Que se saiba, Pinto da Costa (ainda) não se meteu noutras manobras mais complexas. Como estas. Isso sim, seria o cabo dos trabalhos.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Letras

Tira a camisa, agarra-me a quente, deixa-me tonto, põe-me doente.
Sente o meu cheiro, enquanto me apertas, bate-me agora, vê se me acertas.
Enquanto eu me agarro, mãos na cabeça, fazemos no carro, tudo depressa.
Usa as tuas mãos, usa o teu corpo, às vezes parece que está tudo louco...

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

esparregado

ah, os meus pequerruchos desataram de repente a escrever que nem doidos, e escrevem bem, pô, quase sempre não se percebe nada, porque escrevem para si próprios, com siglas e mensagens subentendidas, parece que a mandarem recados, mas não faz mal, é como as missas em latim, a gente não percebe nada mas soa muito bem, bom natal, que nosso senhor jesus cristo vos alumie o caminho, gosto muito de vos ter por cá, tenho mais uma história para vos contar, daquelas boas, mesmo boas, que, além de serem boas, são boas, estava um homem ali no colégio militar com uma cabeça tão vermelha, tão vermelha, pô, mesmo vermelha, e olhei para os sapatos e eram uns ténis vermelhos, de modo que o calçado fazia pendant com a cabeça, resta saber se foi um acaso do destino ou se o gajo, quando usa ténis verdes, também muda a cabeça para verde para fazer pendant, não é uma boa história?, eu acho.

Um pouco do meu lado 'Wikileaks' (ou algo de mim que perdi, procurei e não encontrei)

Já percorri todas as ruas e vielas, interroguei velhos amigos, segui-lhe o rasto no ciberespaço. Vasculhei os meandros do Facebook (conheço apenas duas pessoas que, nos dia de hoje, não têm Facebook: ela e o Miguel Sousa Tavares [e tirando outros dois ou três sujeitos - que, tenho a certeza, acabarão por ceder; será apenas uma questão de tempo]). Fui ao ponto de pesquisar o seu nome no universo da Wikileaks. Porque, no fim de contas, um 'desaparecimento' assim só pode mesmo estar classificado secretamente (ou sob o domínio do segredo de Estado). Por ora, chamemos-lhe KF (as verdadeiras iniciais do nome próprio e apelido). Morada e destino incertos.

Na altura - e já lá vão mais de 14 anos (!!) -, conhecia-lhe cada canto da casa onde habitava (e nunca lá entrei). Mas fiz mais rondas do que o melhor dos melhores guardas-nocturnos do país e arredores. Até a paisagem (a barragem mesmo ali ao lado, a doce brisa a latejar nos pinheiros bravos, o eterno canto apaziguador das garças) abonava a favor daquela incursão - sempre propositada e cheia de esperança. Minto: a esperança tinha morrido logo à partida; mas fechei os olhos às circunstâncias e preferi entrar num jogo onde eu estava claramente em desvantagem (eu sabia; ela também o sabia - e ambos tinhamos pena que assim fosse).

Ironia das ironias: passados 14 anos, vi a irmã dela, pelo menos, umas 4 ou 5 vezes. A última ocorreu há coisa de 2 semanas. E, por breves instantes, reconheci os traços de KF (ainda que roubados). A irmã pouco mudou. Acredito que KF também.

Muito ficou desses tempos. Os papéis permanecem intactos. A tinta ainda está bem saliente e conserva toda a ternura que nutriamos um pelo outro. Como se a sua letra me tivesse tatuado a alma. Soa a poesia de fim de esquina, mas nada é mais verdadeiro. Porque, afinal, não é uma paixão que define um homem, mas sim as paixões. É a distância que vai do singular ao plural que faz toda a diferença. Para os que pensam o contrário, apenas vislumbro uma curtíssima reflexão: que se fodam. Porque, esses, não conheceram verdadeiramente KF como eu conheci. Tão diferentes e tão iguais. Tão próximos e tão distantes. Ainda há pouco estávamos ali e, agora, estou eu aqui e ela sabe-se lá onde.

Maldito Facebook. Estúpida Wikileaks. Quero mais é que as garças se afoguem e os pinheiros acabem transformados em pasta de papel. Ninguém sabe onde pára KF (nem o melhor dos melhores guardas-nocturnos). Se torno a ver a irmã, afogo-a na barragem. Foda-se.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Segredos que nem sabem explicar

Com 4 canais e, às vezes, à falta de um filme ou de um livro apanha-se com programas de entretenimento um pouco estridentes... Trata-se da Casa dos Segredos. E só decidi falar aqui disto por algo que me deixa particularmente confusa.
Pelos vistos, um concorrente tem um segredo sobre experiências paranormais e, pelos vistos, a revelação desse segredo teve reacções que o concorrente não gostou (julgo que assobios e risos). A apresentadora justifica isso pela forma como ele explicou o que lhe tinha acontecido. E ao que parece não foi dramático o suficiente a contar.
Pelo que percebi, em duas situações de repouso, o espírito saiu do seu corpo e tinha uma luz a puxar-lhe. Neste processo conseguiu ver o seu corpo deitado.
Bom, discordo com a apresentadora porque realmente não acho que estas experiências tenham de ser dramáticas... longe disso!!
Mas discordo completamente do concorrente quando diz que por causa destes episódios acredita que tem um dom e é por isso que a vida lhe corre a 100%. É de uma ignorância que me deixa confusa e até irritada!! Ainda por cima porque podia com a revelação deste segredo fazer uma tarefa de responsabilidade na nossa sociedade, abrindo mentes, mas só acabou por gerar o ridículo à volta de experiências paranormais.
Para quem não sabe, na maior parte das vezes em que sonhamos a nossa alma sai do corpo. Azar dos azares, não temos consciência ou lembramo-nos dos sonhos e nem distinguimos que alguns deles implicaram uma viagem a sério da nossa alma, afastada no nosso corpo. Mas estas saídas, acontecem também em outras situações, mais "dramáticas" como experiências quase-morte ou mais relaxantes como a meditação ou o repouso. Há certas condições por vezes no nosso estado (físico, mental, emocional) que, numa simples situação de repouso, pode despoletar a saída da nossa alma e nós termos conscientes do que está a acontecer. De facto, o físico fica um peso morto e paralisado e começa num estado dormente até recuperar toda a sensibilidade e movimento.
São situações muito comuns e se acarretam um dom... então todos temos esse dom porque em sonhos essas experiências são realizadas vezes sem conta!
Que tristeza e revolta quando alguém tem uma saída da alma consciente e nem sabe o que significa, como pode acontecer, e coloca isso em praça pública da maneira mais errada e ignorante possível, achando-se detentor de um dom!!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Palpitações: um relembrar de nós

Ao que parece andamos todos com palpitações! E palpitações no sentido físico do termo, como quem diz "o coração bate velozmente e quase que nos sai pela boca".
Devíamos encontrar uma justificação bonita, como quem diz, espiritual para a questão. Talvez porque nos sentimos cansados do motivo... a culpa é sempre do maltido stress!... E também não vemos algum romantismo nestas palpitações: não se trata de um amor que faz palpitar. O amor faz cócegas na barriga e não provoca palpitações (coisa que causa estranheza pois amor é coração e coração deveria ser palpitação). A verdade é que somos muitos a sentir essas palpitações... muitos, e pelos vistos, pouco românticos e bastante stressados!
Mas, procurando outras explicações mais "bonitas", encontramos na wikipédia a seguinte contextualização das palpitações: "O termo palpitação designa a sensação de consciência do batimento do coração, que habitualmente não se sente."
Ora, aqui está algo capaz de esboçar um sorriso e de tranquilizar todos nós seres mais palpitantes. Afinal, as palpitações têm o seu lado bom - fazem-nos ter consciência de que estamos vivos! De que o nosso coração está a bombear e não estamos adormecidos. As palpitações despertam-nos do sentido automático que, por vezes, a vida adquire e fazem sentirmo-nos.
Talvez isso signifique que a frequência das palpitações e o número cada vez mais alargado de pessoas que afecta é indicativo de que andamos muito adormecidos, ou melhor, muito esquecidos de nós e que precisamos de nos relembrar...

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

A perfeição ou a idealização?

Ninguém é perfeito! E eu estou longe da perfeição. É difícil compreender isto? Não! Assim dito, é fácil. Todos sabemos, estamos fartos de saber, que ninguém é perfeito.
Ora, se o sabemos por que é que insistimos que as pessoas devem ser perfeitas? Por que é que ficamos aborrecidos quando nos "contrariam" e não aceitam na "perfeição" o que idealizámos??? E é isso... o que idealizámos. Sabemos que ninguém é perfeito, mas ansiamos, esperamos e até acreditamos que a perfeição existe e que passa por corresponderem aos nossos ideais!
Estamos habituados a que as outras pessoas esperem de nós as respostas/reacções típicas/normais, ideais... aquelas a que nos habituámos, que vimos nelas a perfeição dessa pessoa e que se tornou nesse ideal. Mas o que acontece quando viramos o jogo? Quando reagimos de forma diferente à perfeição que os outros nos conhecem? Quando dizemos chega a situações em que sempre demos tudo para corresponder àquela perfeição, mas agora não conseguimos mais manter a força em diferentes direcções, menos numa... a nossa!...
Acontece que deixamos de ser perfeitos, deixamos de ser a representação dos ideais, deixamos de ter forças na nossa direcção porque já não as mantemos nas outras direcções. Deixamos de alimentar o cordão umbilical de certas relações e, assim, elas morrem porque o fluxo dos alimentos seguia apenas numa direcção... a delas.
Passamos a ser imperfeitos e como tal já não temos um olhar demorado em nós. Temos a ausência de uma presença que mantinhamos viva, mas que desaparece, deixa de estar, porque nós já não conduzimos o oxigénio... deve ter ido procurar outra fonte de vida e abandonou-nos sem antes perguntar se precisávamos do seu oxigénio...

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

olá a todos

porque é que vocês deixaram de escrever aqui? escrevem muito aí e faltam-vos forças para escreverem aqui? é isso? tenho pena. estão a fazer suplementos de natal? é isso? tenho pena. isto a mim continua-me a aparecer aqui no blogger, a modos que, derivados de, de maneiras que, prontos, aproveito e preencho a lacuna, preencher lacunas é bom, quando é que vêm cá a casa para o tradicional jantar de natal?, bom, estive dois meses e tal, provavelmente foram quatro, sem varrer a casa, de modo que outro dia pus mãos à obra e foi o que se segue.

isto assim não se tem noção do tamanho do monstro.

atentemos nas provas que se seguem, penso que mais esclarecedoras:
isto não vos parece um coelho? porra, se isto não é um coelho...