quinta-feira, 4 de junho de 2009

Os mistérios da mente

Quanto mais conheço as mulheres, menos sei sobre elas. Tenho pena de não lhes conseguir ler a mente. Daria um certo jeito, diga-se em abono da verdade. Porque, num instante, tudo muda. Não quero com isto dizer que os homens são melhores - não é isso que, por agora, está em causa. A questão é que não as entendo mesmo (e garanto que o problema não é apenas meu).

Dou por mal investido o esforço persistente de as compreender. Não com vista à obtenção de qualquer recompensa (longe disso), mas apenas com a finalidade de saber, afinal, o que querem da vida. Ou, por outras palavras, aquilo que querem da vida, sabendo elas o que nós, homens, queremos da nossa vida. Não é uma visão egoísta - nem tão pouco uma postura dominante (em que tudo o que elas fazem tem de estar de acordo com aquilo que nós, homens, pretendemos ou fazemos). Não é disso que se trata. Essa não é, pelo menos, a minha perspectiva.

No fundo, resume-se a isto: elas complicam o que para nós, homens, é simples. Põem-nos uma folha de papel, em branco, à frente e logo traçamos todos os rabiscos possíveis com uma única finalidade: satisfazê-las com a maior das sensibilidades (que nós, homens, também as temos). Elas não se fazem rogadas. Pegam no bloco inteiro. E todas as folhas são insuficientes para apontaram defeitos, problemas, objecções de consciência...

Não me estou a queixar. Estou apenas a fazer uma constatação peculiar do fascinante mundo de certas mulheres. Daquelas que nos fazem gastar folhas em branco como se não houvesse amanhã. E daquelas que são, por sinal, as de quem gostamos mais.

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