Levo, nesta minha viagem, três livros. Demorei aproximadamente 3h45 para escolher dois deles. O outro - o de capa branca - foi gentilmente ofertado pela senior account cá de casa. Além de me ter ficado barato (não foi, sequer, comprado com o meu cartão de crédito), ajudou-me a economizar tempo. Se eu tivesse de escolher um terceiro livro, arriscava-me a acabar a selecção lá para as 5h da manhã. E era chato. Mas, de todos eles, há um que salta à vista...
...«O Signo dos Quatro». Não tanto pelas qualidades por demais evidentes do autor (A. Conan Doyle), mas antes porque o 4 é, em si, um algarismo especial. É um número que - na minha singela perspectiva - encerra toda uma mítica que permanecerá, para sempre, no tempo. Cerro os olhos e imagino o 4...
Num instante, assaltam-me à memória imagens dispersas e difusas de círculos quadrados; água (será de um rio?); dois pares de copos atestados com sangria; televisões que não funcionam (há aqui influência do 4, tenho a certeza); gemidos (não foram 4, mas - pelo menos - duas vezes, isso foram).
O 4 é um número que me acalma o espírito e me faz dormir. Mas há algo no 4 que, qual contrasenso, me faz sobressaltar (como se de um pesado ressonar se tratasse). No fundo, o 4 é um algarismo fofinho e uma besta.
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