O Papa tem todo o direito de se fazer passear no seu «papamóvel» por onde bem quer e deseja. Não lhe concedo é o direito - posto em prática por terceiros (e onde se incluem os que nos governam) - de fazer de uma missa o supra-sumo da existência humana. Gastar rios de dinheiro neste tipo de festival, fechar escolas e decretar pontes é uma imposição disfarçada (e abençoada). É, em última instância, uma afronta aos princípios morais e religiosos de quem é crente de forma diferente. É atirar areia para os olhos, fazendo-nos esquecer, por momentos, que o país está a bater no fundo e que é administrado ruinosamente por uma trupe que enriquece à custa do esforço alheio.
E o que fazer para contrariar esta tendência vertiginosa? Nada. Fazer qualquer coisa, dá muito trabalho. O povo não está para isso e sempre é preferível ir à missa e ver as rugas de Sua Santidade. Preferimos viver na ilusão e sermos embalados pelos cântigos religiosos, com uma boa dose de hóstias a reconfortar o estômago e a limpar o cadastro dos pecados.
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