terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Pedale muito!

My dear... para si só tenho a acrescentar o seguinte:
Eu estarei à sua espera no fim do mundo, como já estou. Você é que não consegue lá chegar. Dúvidas sobre o que não existe? Não me parece... a sua irritabilidade presente no post desilude e dá-me razão.
Pedale muito!

Pedalada

Minha querida: se a afirmação de impropérios sem conhecimento legítimo pagasse imposto, neste momento você teria uma dívida fiscal do tamanho do mundo (e para a qual seriam precisas, pelo menos, 3 vidas para a pagar). O seu sarcasmo é tal que até me faz compreender pessoas como o José Castelo Branco (esse grande homem com «M» maiúsculo). Advertência: num eventual post futuro, queira ter a bondade de me poupar a piadas previsíveis envolvendo a minha pessoa e o José Castelo Branco...
Na parte que me compete, só tenho a agradecer as suas tiradas geniais, das quais a frase «não tem feito suspirar ou gritar nenhuma mulher» é o melhor exemplo. Obrigado por me fazer rir. Afianço-lhe que o sentido de humor numa mulher é um detalhe que me arrebata por completo. Eu poderia refutar o conteúdo da mensagem, mas a verdade que lhe está adjacente não se mede por palavras. Dado que a amazona encantada me garante que não irá estar à minha espera no fim do mundo, suponho, então, que vá viver com dúvidas para o resto da sua vida. Lamento que prefira fazer uma leitura da realidade com base em meras suposições.
Basta-lhe ver uma bicicleta para acreditar que sabe andar nela? O seu problema é que envereda por adivinhações inoportunas, nas quais se atreve a pormenizar (mesmo sem ter experimentado) se o velocípede anda muito, se é confortável, se tem andamento para si...
A propósito da roda dos alimentos, deixe-me perguntar-lhe: hoje já tomou o pequeno-almoço? Para que saiba, o meu foi bastante completo...

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Roda dos alimentos

Fofinho lamento a sua decepção. De facto o seu Q.I. não acompanha o meu... tente ser um pouco mais veloz. Luz no meu caminho há de sobra ao ponto de conseguir iluminar o seu que estaria condenado à escuridão, não fosse a minha existência na sua vida.
Poderá ir até ao fim do mundo, mas nem lá me conseguirá alcançar e não sou eu que imponho barreiras: é o meu fofinho que as constrói quando julga que me poderá ter. Só essa ideia já é uma barreira na sua vida.
Acredite que não vivo com limites, mas o que fazer perante a sua impotência? Esse é um problema seu e que deve resolver, em vez de imaginar que é capaz de me fazer suspirar. Compreendo que a minha referência aos gritos de prazer o tenham magoado. Afinal, não tem feito suspirar ou gritar nenhuma mulher... e até os homens se queixam dessa sua incapacidade em dar prazer.
As minhas refeições superam o que pode definir por qualidade, ao passo que as suas carecem de nutrientes essenciais à alimentação/satisfação. Consulte a roda dos alimentos e veja o que lhe falta...

A vida e outras derivações

Meu doce: a sua resposta pautou pela decepção. Esta foi mais uma daquelas vezes em que os seus argumentos não estiveram em consonância com o seu Q.I. Repare: não só é um elogio à sua destreza mental, como também (e lamento o contra-senso) é a constatação de que precisa de alguma luz para iluminar o seu caminho. Mude a lâmpada.
Ao contrário do que possa julgar, não alimento fantasias e/ou ilusões. Sobre este pormenor, realço apenas que sou teimoso e sou capaz de ir até ao fim do mundo por uma ideia fixa. Como bem sabe, sou uma pessoa de ideias fixas. Aliás, tal como você...
A minha recomendação é que não imponha limites à sua própria felicidade. Negar à partida algo que se desconhece é colocar barreiras no seu caminho. Ouse derrubar obstáculos. Faça da vida uma maratona. Verá que o prazer de cruzar a meta é duplamente apetecível...
Em relação aos gritos, peço-lhe apenas que tenha o cuidado de não acordar a vizinhança. Atrevo-me a dizer, contudo, que há momentos em que um breve suspiro consegue ser mais revelador do que um brado ruidoso. No fundo, tudo na vida assemelha-se à comida: com a idade, aprende-se a comer com qualidade. E não é o facto de se arrotar em alto e bom som que atesta a qualidade da refeição...

Amazona encantada

Meu querido, o seu problema de calvície é seu e mal resolvido pelo que dá a entender. Lamento que com a sua idade tenha questões pendentes e mal resolvidas (aconselho vivamente a ler o post «Pontos Finais»).
Em relação ao facto de a sua presença poder de algum modo perturbar a minha pessoa, diria que pode continuar a alimentar essa ilusão/fantasia se o faz mais feliz. Todos nós temos de nos agarrar a algo. No seu caso, se for a minha pessoa, seja feita a sua vontade, mas como sabe não passa de uma mera relação criada na sua mente, devo dizer bastante criativa.
O meu coração e o meu instinto carnal não sufocam a minha alma, pelo contrário libertam-na e como deve imaginar não com a sua ajuda, nem no plano terreno, nem em sonhos. A minha vida é bastante colorida e quente... e sim... há gritos... gritos de prazer, longe do que você me poderia proporcionar.
Resumindo, você não é de todo a eleição desta amazona encantada.

Não me copulem, por favor

A teoria do «não há nada, mas mesmo nada, que se aproveite» (ver post abaixo) é, no mínimo, provida de uma barbaridade tal que só me apetece despir integralmente e supreender, à grande, a respectiva autora. Atente-se que a frase, claramente depreciativa, surge depois de inúmeras referências pessoais. Escusado será dizer que fui incluído neste rol de injúrias, culminando com uma menção do foro capilar («cabelo à skinhead»).

Deixemo-nos de ilusões. Trata-se, sem dúvida alguma, de uma forma subtil de chamar a atenção das largas centenas de leitores deste blog para a minha calvície. Nem valia a pena a amazona encantada estar com rodeios. Chame-me careca. E pronto.
Como certamente saberá, o problema em apreço prende-se com a produção exarcebada de testosterona. Por outras palavras, quis Deus que fosse prendado com uma resistência física fora do vulgar, o que se traduz numa performance sexual, por exemplo, memorável (nb: a adjectivação é baseada em testemunhos reais). Daí a calvície. Até poderia inverter a queda capilar com fenisteride (que, por acção da enzima 5-alpha reductase, transforma a testosterona em dihidrotestosterona). Mas não me apetece. E posso explicar-lhe pessoalmente porquê...

O seu problema é só um: eu. A minha presença perturba-a. De longe, consegue-se perceber que o seu batimento cardíaco aumenta só de vislumbrar a minha sombra. Por mais que tente disfarçar, a minha ausência é sempre mais forte do que a sua capacidade de controlo. De nada vale insistir em dominar essa ânsia e o desejo de me querer por perto. Dê o braço a torcer. Ouça o seu coração e resista ao instinto carnal que lhe sufoca a alma.

A sua vida sem mim é fria, sombria e vazia. É uma autêntica batalha perdida. As suas noites resumem-se a gritos de clamor que chamam insistentemente por mim. O silêncio da minha ausência é ensurdecedor. Faço todas estas constatações de forma humilde, reconhecendo que há um problema que temos de resolver. Mas só depois da passagem de ano...

Época dos disparates

Declaro oficialmente aberta a época dos disparates.
Ou é um vestido com um lacinho à frente que só dá vontade de puxar; ou são umas botas de montar; ou um cabelo à skinhead que obriga o uso oficial de um boné; ou uma córnea danificada que justifica o não ver, ouvir e pensar bem; ou uma alegria que permanece tal é a ressaca também permanente do Natal.
Não há nada, mas mesmo nada que se aproveite. E o melhor de tudo é que gostamos uns dos outros assim como somos!
Nesta época oficial de disparates tudo é permitido! E o Pai Natal ainda governa pois as renas fizeram greve e por isso a época natalácia continua! As palavras de ordem são e continuaram a ser «Feliz Natal!!!!!!!».
Não queremos cá saber de transitar de ano a menos que se grite em plenos pulmões «Feliz Natal!!!!!!!». E quando estivermos em pleno Verão de 2009 devemos continuar a dizer «Feliz Natal!!!!!!!». No fundo, é uma questão de solidariedade para com as renas que devido à crise agora trabalham o ano inteiro - acabaram-se as folgas e o part-time de Dezembro!
Para todos sobrevivermos aos disparates, aconselho que os dias sejam regados - não a água, mas sim a vinho que até é uma bebida espiritual!

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

2009

Em vez de «Era uma vez», vou começar o meu livro em branco por «Tem mesmo de ser...». Mesmo sabendo que há situações que nos escapam do controlo, que os imprevistos são o pão nosso de cada diz e que a vida nos prega valentes partidas. Mas tem mesmo de ser. Porque a vida é demasiado curta. Porque há todo um passado com o qual vale a pena retirar alguns ensinamentos. Porque há desejos e objectivos que são agora ou nunca. Porque as conquistas só se conseguem com batalhas intensas.
Valerá a pena o esforço? Vale. Nem que seja para que a experiência de hoje sirva de exemplo para o dia de amanhã. Tem mesmo de ser... Mesmo reconhecendo que há condicionalismos, que nada nos é dado de mão beijada, que as injustiças vão continuar a existir, que Deus, por vezes, tem a ousadia de nos complicar o destino, obrigando-nos a atalhar por caminhos sinuosos e repletos de pedras soltas. Mesmo tendo consciência de que há pedras que nos vão parar dentro dos sapatos. Mesmo sabendo que o atacador vai ter um nó cego e que não será fácil desfazê-lo...

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Pontos finais

Estou farta de 2008 e preciso virar a página. Detesto passagens de ano, mas admito que gosto do transitar de número... estou fartinha de escrever 2008, preciso de novo fôlego e até ajuda mentalmente a ideia de escrever um número diferente... já é o princípio de uma mudança que espero que atraia outras e mais positivas.
É claro que há resistências a início. Enganamo-nos sempre algumas vezes primeiro antes de consolidarmos a data. Mas faz parte das mudanças. Quebrar hábitos.
Expectativas para 2009? Melhor que os anteriores. É a resposta típica, mas tem a sua verdade e é realmente o meu desejo. Não que os outros tenham sido negativos, mas acredito na evolução e como tal é possível sempre melhorar. Acredito em estagnação e não em retrocessos. Como acho que as águas paradas durante muito tempo começam a cheirar mal, bora lá agitá-las!
2009 = 2 + 9 = 11
No meu tarot a carta XI é a Força. Noutros é a Justiça. Sinceramente ainda bem que para mim é a Força porque é o elemento necessário - vai ser preciso dar tudo porque ou vai ou racha! E a segunda opção está fora de questão (sem querer de algum modo querer controlar o Universo, mas sim trabalhá-lo para que da nossa batalha venha a vitória).
Por isso, é aproveitar estes dias de fim de ano para libertar pendentes que pesam e que não são uma mais-valia para o novo ano. Cortar com situações que se arrastam e que não levam a lado nenhum. De preferência, comprar o livro branco para se escrever uma nova história, sem transportar enredos antigos.
E no meu livro branco, a história começa assim...
«Era uma vez...»

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

...




quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Esquizofrenia sindical

Está um tempo do caralho. Lá fora, chove a rodos. Cá dentro, respira-se um ar gélido. O que me chateia não é o que se passa lá fora. O que me arrelia é mesmo esta incapacidade (já demasiado usual) do sistema de ar condicionado em cuspir um pouco de vento quente que seja.
Obrigam-me a recordar a puta da minha professora primária (explicação deste pequeno ódio de estimação a pedido), que, nas manhãs rigorosas de Inverno, se fazia acompanhar por um portento aquecedor portátil.


Entre um puxão de orelhas e uma dúzia de reguadas desmedidas, a velha rejubilava de prazer só pelo simples facto de manter os pés permanentemente aquecidos (acredito que os puxões de orelhas e as reguadas também serviam para alimentar esta boa dose de prazer).

Isso e morrer à sede. Até os camelos do deserto têm mais água no estômago. Lanço um olhar para o «porta-garrafas» e só vislumbro um garrafão vazio. Nem um único copo (que, de resto, de nada serviria). Não há água. A sede é fome que não consigo matar.

Mas ainda bem que há uma árvore de Natal. Sem árvore de Natal é que não seríamos ninguém. A posição da estrela, no topo deste pré-fabricado de plástico sazonal, é esclarecedora. Será do frio? Será da sede? Do excesso de calor e de água é que não será certamente, pois estou gélido e seco e nem uma ganza tenho para afastar este gelo de mim.