segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Está tudo bem

Vim aqui fazer valer a prerrogativa que me foi dada de me introduzir no espírito da rua, ou lá como é se diz o nome disto, está tudo bem por aqui, espero que esteja tudo bem por aí, o tempo por aqui e por aí está instável, engraçado como partilhamos o mesmo tempo, giro, pá, partilhámos o mesmo curso e agora partilhamos o mesmo tempo, excepto esse vosso outro compincha de blog, que não sei em que noites tirou o curso, está bonito está, olhem, já está tudo bem com a minha boca, que andou aqui com uma ferida, mas já passou, outro dia estava a comer um papo-seco do século vinte e um, vulgo um croissant brioche com queijo e fiambre, vulgo croissant misto, sem manteiga, disse-me a gaja que faço bem em não pedir manteiga que é por causa das gorduras saturadas, saturado ando eu, mas isso é outra conversa, e estava uma brasileira a olhar fixamente para mim do outro lado do café, confesso que achei engraçado, sabiam, eu acho que era brasileira, pois que bem a mirei também, parecia-me ter boas coxas, porém com apenas um metro e meio, se associadas ao tronco e à cabeça, de qualquer modo eu, depois de fumar o cigarro, atirei com a mochila para trás das costas e fui-me embora, não dou confianças a miúdas, se ainda fosse a Scarlett ou a Cate ainda perguntava 'tudo bem?, outro dia, contei isto eu hoje à Makira e conto agora a vocês, estava em casa de uma pessoa que vocês conhecem e ela também vos conhece, estava então eu a fumar ao pé de um vaso que tinha um pinheiro, bravo, acho eu, vi lá uma erva daninha grande como o coiso, e não fiz mais nada e arranquei-a, não sem algum esforço, isto porque foi só com uma mão, porque com a outra estava com um cigarro e um café, e então aventei (regionalismo) a erva daninha para trás do vaso, e no dia seguinte a legítima proprietária do vaso manda-me uma mensagem, onde, educadamente, me manda foder, na medida em que a erva daninha era uma macieira, uma macieira?, o continente do colombo tem uma senhora muito gorda a trinchar frangos, trincha frangos tão bem como as gueixas japonesas podam roseiras, uma limpeza, porra, que maravilha, aquilo é que está um casting bem feito, sim senhor, hoje em dia, que é como quem diz 'amanhã em atraso', há muitos locais de venda ao público de frango com trinchadoras magras, o que é claramente aborrecido, não me apetece mais isto, depois volto, ah, era para dizer ao senhor do granho, que escreve a dizer que tem duas talhadas de melão a prender-lhe o ventre, aliás, perdão, que tem a melancolia dentro dele, ou lá o que seja isso da melancolia, para mim a melancolia é prima do melão espanhol, é deliciosa, mas quem a come tem caganeira certa, dizia então ao senhor do granho que tenho em minha posse dois bídeos, um registado na casa onde durmo, o outro a andar de carrinhos de choque com seu rebento, bídeos, esses, onde, por acaso, mas só por acaso, está exactamente com a mesma camisola, uma vermelha assim rosa, só para dizer isto, quando quiserem voltarei, eu gostava, isto deve estar com erros, que escrevi de enfiada e não reli, mas como é para vocês...

1 comentário:

Makira disse...

Acho que devias ir comprar uma planta à séria depois da erva daninha que arrancaste que afinal não era erva daninha.
Gosto de ir às lojas que vendem plantas que não estão mortas. Voluntario-me a acompanhar-te nessa tua tarefa de salvar a tua pele depois do pecado cometido.