Importa frisar que a Docinho entrou-me em casa pelo televisor adentro (canal Panda), captando todas as atenções do ser de 3 anos que se encontra hospedado na minha singela habitação. O vírus dissipou-se e derivou para outros formatos. Resultado: fui obrigado a adquirir (para já) dois livros que contam as atribulações da tribo da Docinho. Lado positivo: as ilustrações são boas (situadas algures entre o estilo barroco e o maneirista, embora por vezes um pouco abstractas), o texto não apresenta incorrecções e, regra geral, a Docinho e as amigas envergam vestes curtas.
No entanto, há um lado obscuro e real presente na ficção da Docinho de Morango. Vejamos: desconhecem-se os progenitores da Docinho e das suas amigas; não se sabe a origem de qualquer um dos elementos do grupo; na maioria das histórias, dormem todas juntas; não se lhes conhecem namorados; e, em algumas histórias, foi introduzida uma personagem do sexo masculino.
Este último pormenor é determinante, pois revela toda a influência do 'lobby' gay no mundo que nos rodeia. Aquele rapaz (que, na edição «Docinho de Morango vai à praia», segura uma bola com a cores oficiais do movimento GLS) é a tipificação do indivíduo marginalizado, que jamais consegue impôr-se junto dos seres do seu género. Olha-se para ele e nota-se que já há ali qualquer coisa de José Castelo-Branco. Também pode acontecer que a minha teoria esteja completamente errada. Afinal, quem me garante que o cabrão não anda a montar a Docinho, a Laranjinha, a Cerejinha, a Queque de Amora e a Gelado Arco-Íris? Arrisca-se a ficar glicémico. Mas fode que se farta.
é possível avistar a presença do único rapaz que integra o grupo (neste
caso, o que segura uma bola, junto à preta do 'gang').
1 comentário:
tão fofinho...
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