domingo, 31 de maio de 2009

Um olhar (II)

Fiquei a pensar na questão da calculadora e "do fazer contas à vida". Acho que já há muito tempo que me deixei de "fazer contas à vida" e tudo se resume aos segundos que se ocupa nesses cálculos... enquanto se faz contas à vida, deixa-se de viver. É um tempo parado porque só após os resultados dessas contas se sabe que direcção adoptar, n'est ce pas?
Não gosto de pensar na vida, não gosto de fazer contas, prefiro viver... os resultados nem sempre são positivos e podem levar-me à "bancarrota". Há que viver com as minhas escolhas irracionais e depois acarcar com as consequências: este é o meu pacto. Se é fácil? Não, não é.
É estar em queda livre, ver o chão a aproximar-se e saber-se que dali só se sai de rastos. O desafio, às vezes, é o tempo que demora essa queda livre, ou seja, se o encontro com o chão é mais rápido do que se pensa ou ainda está longe e vou apenas gozando a sensação de ficar sem ar...

1 comentário:

Manuel Ruas Moreira disse...

Isto pode parecer um cliché, mas a vida é feita de escolhas. E, de facto, para viver realmente temos de aceitar que as nossas escolhas têm consequências.
Mas acho que isso pode ser libertador. Talvez faças algumas escolhas que te façam voar em vez cair. Talvez vejas o chão a fugir e as nuvens a aproximarem-se.