
sexta-feira, 29 de abril de 2011
Montes de felicidade

quarta-feira, 27 de abril de 2011
Eu estou fodido; tu estás fodido; ele... vai-se safando
segunda-feira, 25 de abril de 2011
A herança da Guerra Colonial

domingo, 24 de abril de 2011
Outros rostos da Revolução
O 'guitarrista' que aparece destacado nesta foto dá pelo nome de Rui Pato. Integrou o Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Coimbra (CHC) em 2005. Deixou o cargo em finais de 2009. Antes disso, dirigiu o Serviço de Pneumologia. Feitas as contas, Rui Pato esteve no CHC (onde começou como médico interno) durante 37 anos. Em suma: uma vida.

Muito depois disso - e pela última vez -, Rui Pato pegou na viola, a pedido do próprio Zeca. Foi num espectáculo no Coliseu, que decorreu meses antes da morte do autor de «Grândola, Vila Morena» (em Fevereiro de 1987).
Eis Zeca Afonso descrito por Rui Pato:
«O Zeca sempre teve fama de maluco. Aconteciam-lhe coisas estranhíssimas e a mais vulgar era andar com uma meia de cada cor. Trazia sempre um saco de remédios. Uns para dormir, outros para acordar. À noite enfiava calmantes e, de dia, estimulantes.»
«Tinha também o hábito da vitamina C. Quando chegava à gravação dizia que não tinha voz e tomava uma injecção de vitamina C para 'aclará-la'.»
«O Zeca punha sempre dificuldades nas gravações. Às vezes, dizia que não fazia a digestão. Um dia, propus-lhe uma refeição leve. Comemos um ovo estrelado.»
[Depoimentos extraídos da obra Livra-te do Medo: estórias e andanças do Zeca Afonso, de José A. Salvador]
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Melodia

Todos pareciam ignorar a sua presença. Até que, de olhos cerrados, ergueu a cabeça em direcção ao céu, dando a sensação que procurava inspiração divina. De repente, todos pararam. Fez-se silêncio. Para ver e ouvir. Um velho negro, um saxofone e um talento do tamanho do mundo. Não há palavras que descrevam a sinfonia melódica do homem que só sabe tocar de olhos fechados; que nunca estudou música; e que apenas pede algumas moedas em troca da sua arte imensa.
Quase sempre, tenta esquivar-se à curiosidade alheia. «Não interessa de onde vim nem quem fui; somente onde estou e quem sou», diz. Assim sendo, quem és tu? «Um velho. Nada mais do que isso. Mas tenho uma grande alma: o meu safoxone». E onde estás? «Em todos os lugares que as pessoas imaginam, quando ouvem as minhas melodias». O saxofone, o velho negro e o seu enorme talento andam por aí, nas ruas de Lisboa.
terça-feira, 12 de abril de 2011
Eu aderi, tu aderiste e até ele aderiu

Primeira conclusão: no domínio do mundo virtual, M. consegue atrair todas as más vibrações possíveis e imaginárias, fazendo com que mesmo as aplicações mais óbvias deixem, simplesmente, de funcionar. Só assim se consegue explicar que, no espaço de poucas horas - após a criação do seu perfil - M. tenha ficado encurralado. M. fez dois ou três amigos e, num abrir e fechar de olhos, o sistema não o deixou remeter pedidos de amizade. Será o Facebook uma ferramenta assim tão avançada que, na verdade, sabe que é improvável que M. tenha amigos num número que vá para além dos dois dígitos? Fica a dúvida.
Em todo o caso, o mundo deve registar tamanha façanha. Numa altura em que atravessamos um momento apocalíptico (já não adianta mudar a fechadura, pois o FMI já nos entrou pela casa adentro), Portugal pode orgulhar-se, agora, de ter todos os seus cidadãos ligados ao Facebook. M. acabou por concretizar, em poucos minutos, aquilo que ponderou durante longos meses. Um pequeno 'clic' para M., um grande passo para a irradicação da iliteracia digital no país.
Todavia, aconselha-se alguma prudência. Os próximos dias vão ser decisivos para M., que ficou impossibilitado de fazer amigos durante, pelo menos, 48 horas. O facto de não ter tido uma entrada triunfante nos meandros do Facebook e de levar com um tipo a 'reinar' sobre o assunto (como, de resto, este post comprova) poderão significar um retrocesso na decisão histórica de M. (que, no seu blog pessoal, também já sente na pele a ânsia de algumas pessoas de serem suas 'amigas').
Mas aconteça o que acontecer, M. mostrou o seu lado meiguinho. Só por ter aderido ao Facebook. Colapsou o sistema, é certo, mas colocou de lado o seu orgulho e juntou-se à manada. Por este e outros motivos, só tenho razões para gostar de M. Adoro-te.
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