terça-feira, 15 de abril de 2008

Down versus criativo

Talvez seja um pouco cliché falar da morte, tendo em conta o filme «The Bucket List» que está actualmente em cartaz. Mas não há nada a fazer por mais que berrem e protestem. E também é apenas pretexto para o mote inicial de conversa. Por isso calma e deixem-me divagar!
O negro que acompanha a morte, o cenário de cinzento e nevoeiro que a envolve sempre me fascinou... e acompanhou plenos estados de humor mais mordaz em equilíbrio com momentos de criatividade intensa. É uma cena de artista que, diga-se de passagem, não o sou, mas tem as suas verdades.
É curiosa a perigosa ligação de que quando estamos mais em baixo tornamo-nos mais criativos. Mas a explicação é simples, segundo a minha teoria desenvolvida precisamente num estado down versus criativo: afundamos a nossa mente em pensamentos mais tenebrosos e mais surreais, o que nos permite quebrar regras e leis do mundo real e ir mais além. Faz sentido, certo?
Alertei para a questão de ser perigosa por uma simples razão: pode ser apetecível e até viciante. Criamos mas não deixamos de estar desfasados da realidade, o que pode ser terreno de areias movediças.
No meio disto tudo, e para não julgarem que estou com pensamentos suicidas, quero apenas frisar que a morte que falo é a morte do EU. Traduz-se por uma transformação completa e difícil da pessoa, com pilares a serem derrubados.
É claro que a seguir à morte, há um renascer ou reviver quase à semelhança do reencarnar, apenas não se processa de forma física. E novos pilares se constroem. Assim o espero...

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