quarta-feira, 16 de abril de 2008

Ser bombeira

Já se passaram mais de quatro anos desde a altura em que me identifiquei pela primeira vez como «Bombeira» de profissão, não no sentido literal mas sim metafórico. E a verdade é que, se por um lado não tenho repetido a expressão com frequência, nem ocasionalmente, não o deixei de ser.
Respeito o trabalho dos bombeiros, conheci e conheço bombeiros. Não morro de amores por fardas, mas não tenho nada contra quem as usa.
Actualmente voltei a recordar a expressão, uma vez que surgiu em duas conversas diferentes e com pessoas diferentes, num intervalo inferior a 24 horas. Coincidências? Nunca acreditei nelas.
O porquê de isso ter acontecido? Para me relembrar, para analisar o meu papel no trabalho, pois claro! A brincar digo que sou como o camaleão. E sempre fui assim. Adapto-me com facilidade nas mais diferentes circunstâncias (só me falta mudar de cor!).
Mas contrariamente ao camaleão, sou muito mais acelerada e gosto de desafios. Uma coisa chama, sem dúvida, a outra e por isso... lá estou eu a apagar fogos! Pontualmente, isso acontece. Curiosamente também surge no timming certo: quando já estou a "sufocar".
Mas é complicado quando se apanha o barco que ficou encalhado num banco de areia; quando se faz um rewind e nas fases mais complicadas o elemento comum sou eu!
Quando algo corre mal tenho por aprendizagem de vida que o problema pode - e muitas vezes é - ser nosso e não dos outros. Atribuir culpas aos outros é muito fácil, mas onde fica a nossa responsabilidade?

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