
São os atalhos pelas errâncias da vida que nos levam ao verdadeiro caminho daquela que é a nossa missão. Defendo a velha máxima de que nada na vida surge por acaso. E é nesta «escola» constante que aprendemos a dominar os medos e a enfrentar o desconhecido. Só temos de estudar bem a lição (que é como quem diz, ir ao encontro das oportunidades e saber aproveitá-las ao máximo).
Eis a razão porque «as águas de um rio nunca são as mesmas num mesmo lugar». Também não é à toa certas espécies de peixes procuram o lugar mais adequado, nesses gigantes oceanos, para cumprirem a sua missão. Nascem, crescem e reproduzem-se sempre em coordenadas diferentes. Muitas vezes, nadam contra a própria corrente. Mas conseguem.
Tudo isto é metamorfose. Ela é o ADN da vida. E também nós nos transformamos. O que hoje damos como adquirido, amanhã pode ser radicalmente oposto às nossas pretensões. Pena que muitas vezes as pessoas precisem de perder algo para lhe dar o devido valor. A perda é, sem dúvida, a dor provocada pela metamorfose. Por isso, cada coisa a seu tempo. Vamos saborear o dia de hoje, pensando que o de amanhã ainda vai ser melhor. Se não for, temos pelo menos a certeza que o anterior foi bem aproveitado. Haja fé. Muita.
3 comentários:
Assino tudo o que disseste porque realmente pensamos da mesma forma.
Mas estas ideias nem sempre são bem aceites e muitas vezes encaradas pelos outros como fraqueza nossa. Tudo porque acreditamos na metamorfose, na mudança, no que é hoje pode não ser amanhã e por aí fora. A rigidez de que falo são muros intransponíveis em muitas pessoas e sabes que quando lanças uma bola contra um muro ela volta para trás... para ti, para mim, para nós.
Aquilo que para os outros são fraquezas, para nós representam força. A tua vida deve girar à volta das tuas convicções e não das «correntes vigentes». As pessoas têm de aprender, por elas próprias, a ser mais tolerantes e a respeitar os ideais de terceiros. Só desta forma elas conseguem, inclusive, respeitar-se a si mesmas.
É por isso que quando lanço uma bola, mesmo correndo o risco dela voltar para trás, que a lanço com toda a força. Ao menos, lançámo-la. E há quem nem para isso tenha coragem.
Nem mais. Até hoje nunca me arrependi de nada por causa dessa filosofia: pode não ter efeito, mas pelo menos lancei a bola.
Repara que o que a mim me causa impressão não é apelidarem-me de fraca ou o que for. Sobre mim tenho tudo muito bem resolvido e se um dia fui insegura hoje não o sou. É mais por ver as pessoas perderem certos "pontos" porque não vêem para além dos muros.
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