quarta-feira, 15 de outubro de 2008

(DES)APONTAMENTOS

4 contra 2
Apesar de estarmos em minoria, fomos os primeiros a entrar no campo. Como sempre, pisámos o campo do adversário. Mas, bem vistas as coisas, é no terreno do inimigo que nos movemos bem. À entrada dos 4 em campo, eis que o capitão de equipa berra: «comigo é pão, pão; queijo, queijo». Pensei: «olha, olha... estamos bem fodidos, estamos».
Dito e feito: durante todo o jogo, o capitão (que, já agora, devia emagrecer uns quilinhos) dominou a partida e, como prova do seu egoísmo, teimou em não passar a bola aos companheiros de equipa. Pior: à vã tentativa destes contribuirem para o desenrolar do jogo, eis que a besta decide cortar lances a torto e a direito, reclamando penalties como se não houvesse amanhã.
No fundo, o tipo meteu-me pena. Fez-me lembrar aqueles gajos cheios de aço e que, vai-se depois a ver, são mais sensíveis do que a manteiga. Ou ainda aqueles machos armados em dominantes que alegam ter uma grande pilinha. Depois, claro: vai-se a ver e é preciso uma lupa...

As Vanessas das nossas vidas
Numa pequena empresa, a patroa vira-se para a Vanessa e, em tom apressado, dispara:
- Vanessa, Vanessa!! Rápido, preciso de si.
- Diga, diga! - responde a miúda.
- Preciso que vá com a máxima urgência ao Macintosh buscar-me um documento extremamente importante!
- Claro, claro!! Dê-me já a morada. Eu vou já lá num instante!...

Recado
Nutro pelo sr. Manuel Migões uma estima do tamanho do mundo. Não só por ser o pai do meu melhor amigo, como também pelas aventuras e desventuras que me proporcionou na infância (iniciação à prática de pesca desportiva, condução precoce de um imponente Volkswagen «carocha», mungir as vacas...). Passados todos estes anos, creio está na hora de me redimir. Sr Manuel: lembra-se daquele dia em que a porta da vacaria, estranhamente, estava aberta (o que despoletou aquela fuga em massa do gado para a estrada principal da aldeia)? Fui eu.

Desabafo
Não sei bem porquê, mas ainda estou a lembrar-me daquele totó todo empertigado, a mandar bitaites e a recalcitrar contra projectos que lhe fazem lembrar, digamos assim, um «novo riquismo»... Não há hipótese de mandar este gajo para a Suiça e colocá-lo dentro do LHC, o novo acelerador de partículas? Tenho a certeza que a resposta à grande incógnita (qual a origem do Universo?) reside numa simples colisão entre aquela besta e um protão.

À atenção da câmara municipal da minha cidade
Tenho um enorme respeito pelos senhores que fazem a recolha do lixo. Menos daqueles que executam o serviço à porta do meu prédio. Por norma, aparecem entre as 2 e as 4 da manhã. O que mais aprecio neles é aquela vontade louca de dominar o caixote do lixo em si, arrastando-o com toda a fúria, bem ao jeito de um combate de wrestling. Julgo que o som é perfeitamente audível num raio de 150 km. Um conselho: ou vocês param imediatamente com essa merda ou então terei de tomar medidas drásticas (i.e., convenço o senhor da teoria «do novo riquismo» a fazer-vos uma espera, brindado-vos com um discurso sobre a influência dos estafilococos na síndrome da pele escaldada).

1 comentário:

Makira disse...

4 a 2
E recordas com alguma ternura o arfar do capitão quando chegou? Nem se conseguia movimentar e arfava e pingava considerando-se o máximo? Deve ser por estas razões que inveja o «novo-riquismo», onde, apesar de tudo, há alguma elegância ou até glamour. No fundo, tudo se resume à sua inveja e atadura generalizada, quer seja mental ou física.
Estou aqui a pensar em desafiá-lo para umas posturas de yoga. Consegues imaginar? É que a flexibilidade que o yoga exige é física, mas também mental.
Capitão? Vamos lá para tocar com os dedinhos das mãos no chão!