quarta-feira, 29 de abril de 2009

Experiência de vida

Alguns comportamentos/pensamentos das pessoas podem e devem justificar-se na experiência de vida delas e mesmo que sejamos próximos dessas pessoas não devemos cair no engano de achar que sabemos tudo sobre a vida, a dita "experiência de vida" que lhes leva a agir e a pensar de certa maneira.
Existem segredos que nem às paredes se confessam; existem vivências que por perda de oportunidade não são partilhadas e depois o timing perde-se e já não vale a pena colocá-las na agenda do dia.
Mas, no fundo, é todo esse bolo de "experiência de vida" que vai sendo alimentado a cada dia que passa que leva a que as pessoas mudem e de preferência que sejam alterações que vão mais ao encontro do melhor para elas próprias, nem que seja uma forma de pensar ou uma filosofia que vá de encontro à vida que se pratica. É um pouco como as religiões. Respostas que para uns fazem mais sentido no budismo, para outros no catolicismo e outros no ateísmo.
Cada pessoa tem um registo de vivências diárias que, num acumular de cinco anos de ausência, podem ser arrebatadoras pelo resultado que se apresenta à frente. Ou não... tudo depende das mudanças que se fazem e acima de tudo do grau de exigência de cada. Há pessoas em que em cinco, dez, quinze anos de ausência só muda o passar dos anos na pele delas.

Beijos meus

6 comentários:

الرجل البسيط disse...

O post baralhou-me. Confesso que estou disperso... Dá para clarificar?
Bjs.

Makira disse...

Em que te posso ajudar meu amigo? O que não entendes?

acatar disse...

Que com a vida crescemos. só isso.

الرجل البسيط disse...

Makira: não entendo se o problema é de quem tem experiência de vida a mais ou, pelo contrário, de quem ainda tem muito pouco dela.

Por outras palavras, confesso que tenho algumas dificuldades em interpretar qual é o comportamento correcto de uma parte e da outra. Acho que há coisas para as quais não existem (ou não deveriam existir) "comportamentos correctos". As pessoas têm é que saborear cada dia que passa, tirando o máximo partido de determinadas situações com que somos confrontados (não se escolhem; simplesmente acontecem). É esse o sal da vida.

Intruso: num dos teus últimos posts, confesso tiveste a capacidade de me reter por breves instantes numa verdade que escreveste: «só descobrimos o que nos entusiasma mesmo quando já passámos os 30 (...)». A simplicidade da tua fase revela a extrema dificuldade que é ir crescendo. Com a vida. Parabéns pelo post. Gostei muito do «Quando é que te perdeste?», a sério. Conseguiste despertar o meu lado mais lamechas.

Beijos e abraços.

Makira disse...

Aquilo que quis apenas expressar foi que a experiência de vida muda-nos. Isto é se formos pessoas que aceitam a mudança ou que até querem mudar. É impossível cairmos centenas de vezes sem retirar algo daí que nos transforme. Como é impossível alegrarmo-nos com episódios da vida sem nos deixarmos tocar pelos mesmos. Mas em todo o caso, até aceito que quedas e alegrias não modifiquem as pessoas e daí ter dito que apenas os anos na pele delas as transformam. Se a experiência é muita ou pouca depende da dimensão a que atribuímos às coisas e... obviamente dos anos, dos meses e dos dias a mais que registamos no nosso diário de vida. Afinal, tenho mais páginas datadas no meu diário do que um jovem de 15 anos. Se terei também mais intensidade, força ou mudança é relativo. Que sei eu da história desse jovem de 15 anos?...

الرجل البسيط disse...

Suponho que tudo aquilo que escreveste é justamente fruto da experiência de vida - tal como, de resto, aquilo que eu possa sentir.

O que não quer dizer que, amanhã, não tenhamos uma opinião completamente contrária. Mas o que interessa é o dia de hoje. Porque é com base nele que toldamos aquela que será a nossa experiência de vida do dia de amanhã.

Andarei muito longe da verdade?