segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Da vida (II)

Olá. Falar "da vida" é, sem dúvida, assunto pleno de confusão, emoção e respiração... Podia ter feito um comentário, mas pareceu-me pouco para me pronunciar "da vida".
Falar "da vida" é falar das nossas escolhas passadas, presentes e futuras. Apagar? Não, nunca. São elas que fazem quem eu sou, quem tu és. Ter vergonha, também não. Voltar atrás? Não. Se as vivi foi porque as precisei de viver e elas enriqueceram. Não aplaudo tudo o que fiz e faço e farei. Já fui louca assumida. Já quis apagar o sopro de vida em mim. Já dei gargalhadas bem alto sozinha no meio da rua.
Vivo num constante limbo entre a alegria e o sofrimento e em todos estes anos não consigo mudar isso. O que está na base, eu sei. É a revolta. A revolta para com "a vida"; para com as circunstâncias que me envolvem tão profundas como a morte de alguém ou como o cheiro e o toque de quem se ama... e sinto tanta dor como sinto tanto prazer.
Às vezes penso na minha vida e na maneira como reajo a ela de uma forma em que parece que toco tudo com as pontas dos dedos. Sinto tudo e filtro tudo nesta epiderme. Processo de forma instintiva e reajo. Combate? Sempre pronta!
Sou capaz de amar ternamente como de ripostar de forma animalesca. Preciso sempre de uma droga para me equilibrar. O teu sorriso, o sorriso dela. A vossa presença fazem-me cantar de alegria. Porque a minha vida é muito mais. É a vossa vida com todas as escolhas feitas por vocês. Não apagues a riqueza dentro de ti. Não me faças pensar que tenho de ter os pés no chão desta terra que piso e como tal apagar o que fui e quem eu sou...

Com todo o meu amor.

4 comentários:

Rui Mendes disse...

Curioso este post...

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Makira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Makira disse...

Então porquê?

Gustas disse...

Há que «pegar na vida pelos cornos, marrar até morrer e dar por isso», como dizia o poeta... Combater até não poder mais podendo sempre mais um pouco. Não nos arrependermos do que fazemos mas do que não fizemos. Antes um sofrimento do que a vida não vivida.

E esperar sempre mais e melhor: para nós, para os "nossos", para o mundo. Não esperando apenas, mas fazendo por isso.

Beijos grandes! Belo texto!!!!!!!!!