terça-feira, 23 de setembro de 2008

Modelagem

Por mais que goste de estar sozinha e de "estar comigo", confesso que o facto do ser humano ser um ser social tem a sua razão de ser (e todos estes "seres" foram propositados).
A mim, particularmente, dá-me gozo interagir com as pessoas, conversar e fazer algum jogo. Jogo no sentido de modelagem.
Nalgumas mentes o que estou a tentar dizer é o mesmo que vestir capas. Não aprecio tanto esse conceito, até porque nele a questão da flexibilidade não é tão evidente.
Modelagem, barro, mãos, flexibilidade, criar, recriar... isto sim gosto!
O que sinto na interacção com os outros é a capacidade de me distanciar e observar o modelo que estou a construir. É desafiante quanto mais modelos conseguimos construir e também o impacto que temos nos outros. Se estivermos seguros será sempre uma experiência positiva e com resultados favoráveis!
Mentes menos abertas irão pensar que, deste modo, nunca conhecem a identidade da pessoa, o genuíno, a personalidade ou o que lhe quiserem chamar. Não vejo as coisas desse modo até porque na modelagem não entra a mentira - algo que desprezo - ou a falsidade ou o cinismo. Tudo acontece a partir do mesmo barro e esse é puro sem adição de outros componentes. Portanto, o real está lá, a forma que lhe damos é que pode ser diferente.
Outra perspectiva da modelagem é que é "em directo". Não há como planear, como programar porque nunca se sabe quem está à nossa frente. E aqui entra o jogo de cintura, a flexibilidade imediata de começar a criar um modelo para logo a seguir mudar porque o primeiro ia ser furado! Quem mais gosta de trabalhar o barro??

1 comentário:

Manuel Ruas Moreira disse...

Eu gosto de moldar o barro. Mas por vezes reparo que há barros mais secos que outros. São mais difíceis de trabalhar.
Outras vezes, damos de caras com barros que além de secos são foleiros. Quanto a esses, farto-me rápido e escolho ir brincar para outro lamaçal.
E depois há aqueles barros que só apetece atirar à parede. Tipo: «PLAF! Ooooh, arte abstracta! Só mais uma vez. PLAF!»