
Admirar a beleza de M. e contabilizar sorrateiramente cada curva do seu corpo esguio e apetecível é apanhar um banho de sol (mesmo nos dias agitados pelo vento, em que troveja, chove e faz frio). Há toda uma estética e maneira de ser que nos faz acreditar que há ainda muito para aprender. Não importa a idade - mas antes aquilo que fazemos com ela. M. merece uma observação científica; um olhar clínico. A mim, sei bem qual o diagnóstico que me faria (e o tratamento que me deveria aplicar. Mas isso são princípios activos que não cabem aqui neste prontuário terapêutico).
M. remete-nos para um mundo de fantasias e sensualidade. Não falo de algo de cariz meramente sexual. Para isso, bastar-me-ia a carne que tenho no talho lá de casa - que sabe bem, diga-se de passagem, e está tenra como nunca; agora que falo nisso, acho que a qualidade dos nacos que tenho comido recentemente supera quaisquer outros de produção biológica ou com Denominação de Origem Protegida.
Mas não nos desviemos do essencial: M. faz-nos bem à vista. Eu, por mim, aprenderia e treinaria toda a essência da linguagem braille com ela. Ou provava um pouco da sua carne. Uma espetada mista era o ideal. Assim, o talho ficaria mais composto e diversificado.
Sem comentários:
Enviar um comentário