segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Natal invertido





A corrida às compras, os enfeites e a própria comida (doçaria) típica não alimenta em mim o Natal. Nada disto me faz sentir que estamos no Natal. Aliás, tudo isto me stressa de uma maneira cansativa e que só me apetece deitar para trás das costas e esquecer ou dar um salto em frente para passar rapidamente este frenesim que em nada cheira a Natal.
Já aqui falei do meu Natal de adultos e que continua a ser a sua essência na noite de 24 para 25. E dessa essência fazem parte as prendas, a toalha alusiva e a comida/doçaria típica. E isso sim alimenta em mim o Natal.
Isso sim me faz sentir que é Natal porque tudo está contextualizado em 14/15 corações e 14/15 olhares , num misto de êxtase por estarmos juntos, de dor pelo que cada um passou e que todos passámos e de melancolia porque a alegria é, no coração e olhar de cada, invertida por uma profunda tristeza que se procura controlar a todo o custo.
Somos felizes, mas também sentimos dentro de cada aquelas dores que abalam a felicidade do espírito... somos alegres invertidos ou tristes invertidos...
Também somos personagens invertidas e os mais velhos abrem as prendas que um Pai Natal pequenino nos deu... Julgo que precisamos da inversão para nos lermos tão bem uns aos outros e partilharmos as prendas, os enfeites e os doces que trazemos para o nosso Natal invertido...

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