segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

A vida e outras derivações

Meu doce: a sua resposta pautou pela decepção. Esta foi mais uma daquelas vezes em que os seus argumentos não estiveram em consonância com o seu Q.I. Repare: não só é um elogio à sua destreza mental, como também (e lamento o contra-senso) é a constatação de que precisa de alguma luz para iluminar o seu caminho. Mude a lâmpada.
Ao contrário do que possa julgar, não alimento fantasias e/ou ilusões. Sobre este pormenor, realço apenas que sou teimoso e sou capaz de ir até ao fim do mundo por uma ideia fixa. Como bem sabe, sou uma pessoa de ideias fixas. Aliás, tal como você...
A minha recomendação é que não imponha limites à sua própria felicidade. Negar à partida algo que se desconhece é colocar barreiras no seu caminho. Ouse derrubar obstáculos. Faça da vida uma maratona. Verá que o prazer de cruzar a meta é duplamente apetecível...
Em relação aos gritos, peço-lhe apenas que tenha o cuidado de não acordar a vizinhança. Atrevo-me a dizer, contudo, que há momentos em que um breve suspiro consegue ser mais revelador do que um brado ruidoso. No fundo, tudo na vida assemelha-se à comida: com a idade, aprende-se a comer com qualidade. E não é o facto de se arrotar em alto e bom som que atesta a qualidade da refeição...

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